Não escrevo pra induzir, sugerir, fantasiar.
Escrevo pra me libertar dos pés que me prendem ao chão.
Do peso que atrapalha os sonhos.
Escrevendo me esvazio de mim.
As palavras saem como gritos desesperados por socorro.
Escrevendo desato os nós, retiro as correntes.
Quando escrevo meus gritos são ouvidos por quem está
longe e tem a chave.
Quando escrevo não sou mais um passarinho preso.
As palavras abrem as portas que me travam o canto, o vôo.
Quando escrevo, apenas quando escrevo.
- Luciana Deodato.
http://textosepretexto.blogspot.com.br/
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Obrigada!
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