quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O lobo e o corvo

Não queria perder o foco
Mas sua cabeça não parava de girar
Era muita coisa ao mesmo tempo
Um tempo que ele não podia esperar
Parava, respirava por alguns segundos
Olhava para o céu
Percebia os limites do seu mundo
Encarava sua incapacidade
Queria voar
Tantos se foram
Bateram suas asas em direção a futuros melhores
Toda aquela agitação, o peito arfante, a angustia...
Era por não poder migrar
Mudar
Não passava de um lobo
Que seguia os corvos
Com o olhar.  

Renan M. Duarte

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