Atravessei a rua a passos lentos. Fazia frio naquela noite. Abri a porta do bar, como de costume. Sempre vazio. Caminhei até meu lugar próximo ao balcão. Não lembro de ter trocado mais do que três ou quatro palavras com o barman nesses quatro anos em que moro na pensão do outro lado da rua. Tínhamos uma relação de camaradagem muda. Ele servia a bebida e eu colocava os trocados no balcão. Eram apenas negócios.