Me sento na mesa e como a quem o tempo é o ultimo inimigo começo a ler meu jornal, um rodízio de noticias ruins, com criticas mórbidas, onde avanços e superações já não despertam o interesse dos leitores. Frutos podres da mídia.
Prisões, mortes,
políticos corruptos, acidentes...parece ate o diário de um serial
killer, sendo ele, a própria sociedade. O jornal corre em volta das
noticias de uma população, as quais elas próprias se destroem.
Revoltada, viro página
por página em busca e algo sustentável a minha mente. Então, as circunstancias de um resultado negativo, quebro as fibras do jornal
com vários apertos de minha mão, e meu café fortemente batizado
encharca o papel, agora amassado, do jornal. Meu isqueiro toma vida
em minhas mãos, ao encontrar com a folha cria uma linda labareda.
O alarme de incêndio
soa, eu levanto com apenas um pensamento : Esse é um teste para a
sociedade, uma chance de provar que estou errada, mas apenas eu
saberei a resposta. Em outras palavras, na pior das hipóteses, viro
apenas mais uma escritura no diário mórbido.
-Letícia Sagrillo
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