terça-feira, 23 de abril de 2013

Lar

Frio!
O vento entrava pela janela como navalhas
cortando meu rosto
fechei logo, antes que congela-se
o coração pesava a cada milha mais próxima daquele lugar
o som da ferrovia enchia meus ouvidos de dúvida
sai sedo daquele lugar, e desde novo sabia me virar
fui engraxate, mecânico, balconista e vagabundo
mas nunca precisei mendigar.
os trocados que restaram mal deram pra passagem
o sol levantou morno e da janela vi a cidade
20 min depois desembarquei na estação
com a mochila no ombro reconheci o velho cadillac azul
a porta se abriu
e a meio caminho de casa
o velho disse:
“O que comer vai ter que pagar”
era de se esperar do meu pai
nenhum: bem vindo ao lar.

- Renan M. Duarte


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