terça-feira, 13 de novembro de 2012

Outra porta...

Outra porta fecha a suas costas
Pela janela entre aberta
Um choro de mulher
Mas ele não se importa
Continua a caminhar
Iluminado por letras de neon
Adentra a um bar
Pedi ao barman três doses de conhaque
levanta o primeiro copo
Oferece a sua mãe
E que ela tenha sorte com o marido alcoólatra
A segunda ao seu irmão
E que a vida em outro país seja melhor do que neste inferno
E a ultima dedica a bela moça deixada para trás em prantos
Era boa demais
Amorosa demais
Era demais para ele
Condicionado pela vida
A viver sozinho
Tocar um solo
Beber ao balcão
Um homem de épocas
Desgarrado do tempo
Era durão
Pede outras duas doses ao garçom
Senta à mesa ao canto
Ruiva e sozinha
Oferece um drink
Reconhece de longe aquele brilho no olhar
Sem compromisso
Apenas a vontade de transar
Velhos hábitos
Abraça a ocasião
Sedento por uma pele macia
E uma só noite de paixão.

Renan M. Duarte

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