Quem era? Quem foi?
Um qualquer
Um qualquer
Que vomitava ideias
Em latrinas de papel
Seu nome era Ninguém
E Ninguém era um nada
Não ouviam sua voz,
Nem lhe queriam bem
No escuro, desejava luz.
Sempre sonhou
em ser Alguém.
Certo dia tudo escureceu
Ensurdeceu
Emudeceu
Faltava ar
E com um tiro na cabeça
Espalhou suas ideias por todo lugar
Ninguém se importou
E algum tempo se passou
Ninguém se importou
E algum tempo se passou
Até que um dia
Uma vizinha o encontrou
Uma vizinha o encontrou
Com seus textos em mãos
Viu que eram magníficos
Cheios de dor
Viu que eram magníficos
Cheios de dor
Pobre rapaz
Virou Alguém no final
Mais um gênio morto
Para vender jornal.
- Renan M. Duarte
Mais um gênio morto
Para vender jornal.
- Renan M. Duarte
Show... Confesso que adorei o texto :)
ResponderExcluirQue trágico!!
ResponderExcluir