Coisa rara de se
acontecer comigo
Resolvo ler
alguma coisa
Como que se
chama-se o estado de sonolência
Quando ao fundo
alguma coisa me acorda
Um acorde que me
chama atenção
Maldito mau
costume de estar sempre ouvindo alguma coisa
Não importa onde,
ou porquê
Sempre existe
alguma música de fundo
Algumas
complexas, outras simplistas
Sempre gostei
mais da agressividade que se pode extrair
Mas isso nem
sempre é uma regra
A complexidade
dos metais, instrumentos de sopro
Sempre me chamou
atenção aquilo que requer entendimento
Não importa se
for psicologia de botequim
Às vezes soa até
mais interessante
Conversas sem fim
a respeito de determinado sentido
O que me deixa
intrigado
É que acordei com
uma música da década de 60
Um blues jazz, com
vigor atual
De contrastes
visíveis e palpáveis
E isso me lembra
da pobreza musical que está em evidência atualmente
Vivendo num ciclo
vicioso, destruindo a si mesmo
Preocupado com o
sucesso do verão
A arte foi se
perdendo
Deixamos de falar
algo através dela
E quando surge
quem fala
Taxamos de chatos
ignorantes insatisfeitos
Talvez deixamos
de ser críticos?
Críticos com nós
mesmos?
Musica é arte
E arte sobrevive
ao tempo, à décadas
Não importa
guerras ou epidemias
Enquanto houver
humanidade, ela sobreviverá
Deixe os hits do
momento passar
Musicas de ontem
já estão no ostracismo e velhas
A arte ainda soa
atual
A complexidade
ainda soa encantadora
Somos reflexo
daquilo que gostamos
Infelizmente a
humanidade vem se tornando reflexo da futilidade
Do estado de
compra e venda
Ainda fico aqui,
com minha música cheia de velharias e ainda provocante
Ao ar noturno sem
sons
Bebendo whisky
E contemplando as
estrelas.
- Jadson Damien
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